O segredo dos Elfos (Livro 1)















Livro: O segredo dos Elfos (Livro 1)
Autora: Paula Pagliarini
Editora Novo Século (Novos Talentos da Literatura Brasileira)
Sinopse:
A cor de seus olhos define quem você é, suas habilidades, o seu destino.
Antes de ser incorporada em uma das frotas do reino de Alfheim, Anabel, uma jovem guerreira elfo, precisa passar por um teste e, ao fim deste, um portal mágico se abre, revelando uma maldição e uma espada lendária há muito tempo perdida. Com a guerra iminente contra os trolls, Anabel parte para o reino de Quimera, o reino dos homens. A guerreira precisa lidar com o ódio do rei de Alfheim e com o amor do príncipe. No entanto, tudo muda quando ela conhece um belo elfo com os cabelos cortados e olhos profundamente azuis-marinhos e a história da espada é desvendada, assim como a origem de Anabel, até então desconhecida. Perante a guerra, um novo vilão é revelado, alguém que faria qualquer coisa para mudar o destino de Anabel. A habilidosa guerreira precisa escolher entre a vida que conhece e a vida que poderia ter se decidisse ficar com o incrível elfo de olhos azuis.
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Anabel é perfeita em tantos sentidos que é fácil compreender o fascínio que ela desperta. Um dos meus primeiros pensamentos sobre a Anabel: Todos querem a elfa platinada. E não só isso, ela decididamente foi uma das protagonistas mais beijadas da história. 
A elfa de cabelos claros é adotada e desde que fora capaz de compreender a palavra “bastarda”, esforçou-se de corpo e alma para ser a melhor. E ela conseguiu.



“Os elfos de olhos acinzentados eram da realeza, pois eram descendentes de lordes ou filhos do rei. Os lordes que auxiliavam no governo tinham lindos olhos violeta. Os elfos destinados a ter o poder do conhecimento e da cura tinham olhos azuis. Aqueles destinados a se tornar guerreiros tinham olhos verdes. Os olhos castanhos designavam os elfos artesãos, ao passo que os empregados do castelo tinham olhos cor de mel.”



Ao ser submetida ao teste de aptidão, a elfa sobrevive com bem mais que uma excelente avaliação: a arma que recebera de tão distinta e intrigante figura, carrega histórias e sangue. 
E como afirmei antes, muitos buscarão por seu coração. O príncipe elfo de Alfheim, o rei dos homens, o mais leal dos amigos e ainda o belo e mais sombrio de todos: Gabriel.



“Fitei aquele elfo confusa. Ele era grande, alto e forte; seus cabelos eram curtos e espetados, o que o deixava realmente bonito. Nunca havia visto um elfo que cortasse o cabelo.” 



A trama da obra é extremamente detalhada e complexa. Mesmo em poucas páginas, a autora foi capaz de dar vida a um mundo mágico, com divisão de leis, regras, castas e um plano de fundo sem defeitos. A ideia de que os reinos são diferentes, mesmo em raças iguais é extremamente real e no sentido épico foi incrível de imaginar. Vós sereis capaz de captar todos os detalhes: o cheiro da terra molhada seja de água ou sangue, o sabor do chá, o frio do vento e todos os sons chegam aos ouvidos como se estivesses ali. 
Personagens surpreendem, maldições corroem corações e reviravoltas destroem vidas. Em um determinado ponto, me peguei aos prantos, por decididamente querer interferir naquele momento. Por querer segurar a arma e desviar o golpe... Alguns personagens não merecem morrer.
A origem da elfa é desconhecida, muito provavelmente algum nobre e suas aventuras. Naquela nação, ninguém de olhos verdes subiria ao trono. E o Rei Galizur faria tudo que estivesse ao seu alcance para que isso não acontecesse. O reino de Alfheim era guiado por mãos de ferro, as castas eram fielmente mantidas e cada elfo sabia exatamente o seu lugar de engrenagem naquela grande construção. 
A principal função dos guerreiros é proteger o reino e manter os trolls afastados. A aproximação desses monstros sanguinários e o pedido de ajuda de Quimera levam os elfos a paragens esquecidas por eles há séculos e coloca frente a frente elfos e desejos que não se debatiam a gerações – humanas –. Os elfos aqui são praticamente imortais, porém ferimentos por demais graves os levam à morte certa: portanto, um elfo só tomba em batalha. 

A protagonista de O Segredo dos Elfos tem bom coração, gosta demasiadamente do perigo e de batalhas... É adoravelmente desastrada e sabe guiar seus passos e pensamentos na direção digna e correta. Ela não se rebela na maioria de suas ordens e acata as lições que toma. Até que Gabriel cruze seu caminho e a abra para um mundo até então desconhecido: ele desequilibra sua sanidade e ao mesmo tempo ajusta a personalidade guerreira a da elfa que toma chá à noite. E sim, ele é terrivelmente sedutor e arrogante. Praticamente impossível não se apaixonar por ele.
Uriel desde sempre foi o companheiro ideal de Anabel - segundo ela própria - e em algum momento de suas histórias haveria um casamento e uma felicidade calma e sem arrebatamentos. Azazel é o irmão mais velho, aquele pequeno elfo que viu chegar em sua casa um bebê de cabelos praticamente brancos e não soube lidar bem com aquela situação: ora era um amigo, no momento seguinte era o inimigo – nada que irmãos não possam ser –, com o tempo, ele se apega apenas a ideia de ser o irmão mais velho super protetor e orgulhoso de ver onde a irmã foi capaz de chegar. Debiel se encaixa no perfil de melhor amiga, doce, mais delicada e não afeita à batalhas. Constante, firme e determinada, um tipo de fortaleza que Anabel precisa por perto. Por fim Theiliel e Ramiel fecham o nicho familiar da elfa, como pais dedicados e amorosos. Além disso, exímios guerreiros. 
Anabel descobre a duras penas que o amor vem de onde menos se espera, ou ainda de onde sempre soube estar. Percebe finalmente, que alguns amores carregam marcas do passado e são guiados por mãos invisíveis. 





Essa Rainha não poderia entregar-vos de mão beijada todos os personagens e todos os engodos presentes na obra tão bem escrita de Lady Paula. Afianço-vos, que será uma leitura rápida, intensa e profunda. Com pegadas dolorosamente pesadas e marcantes, com trilhos de lágrimas e sem dúvidas suspiros para saber onde mais Anabel irá ou ainda, onde os outros serão capazes de ir para tê-la.





“Aprendíamos desde criança sobre o deus da morte que nos espreita em cada batalha. O sofrimento era quase insuportável, mas agora estava na hora de seguir em frente.”


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2 comentários:

  1. Eu não disse que você gostar desse livro!?!
    Estou louca querendo a continuação, mas até agora não vi a autora divulgar nada...

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  2. OMG! Amo qualquer coisa que envolva Elfos, eles são simplesmente fantásticos...
    E esse livro parece ser incrível...Já estou contando os minutos para ter o meu.
    Beijos!

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